domingo, 14 de março de 2010

Capítulo 2 - A descoberta de Julia

Dentro do Shopping havia uma grande praça de alimentação com restaurantes variados, lanchonetes fast-food e sorveterias. Estava cheia, principalmente porque era hora do almoço. Em uma mesa, sentavam duas pessoas.

- Já aconteceu comigo. Uma vez eu beijei um cara e não me lembro muito bem do rosto dele. Mas, com certeza, não era meu namorado e, lógico, não contei nada a ele. Começaria a ficar complexado, achando que não gosto dele. - riu uma delas.

- Ah, é verdade, acho que já aconteceu com todo mundo. Mas é que esse sonho foi tão real e acabou quando finalmente estávamos prestes à descobrir a razão de estarmos ali. - respondeu Julia.

- E o que você imagina? Como uma típica piscina, que, no castelo, o príncipe se apaixonaria por você? - perguntou em tom irônico.

- Hahaha.. Será que era um daqueles castelos medievais com calabouços, torres? Ou ainda como o Neuschwanstein?

- Pode ser mesmo! Se você quiser...

- Como assim? - intrigou-se Julia.

- Uma vez, li algo sobre viagens astrais, meditação, umas coisas assim. Não lembro bem. Só lembro que dizia ser possível ter controle sobre o sonho mantendo-se consciente. Por que você não tenta?

- Você deve estar achando que eu sou doida, Flávia! Daqui a pouco vai me chamar pra um ritual de macumba! - e riram juntas.

Então, se levantaram e saíram. Julia e sua colega davam aulas nos turnos da manhã e da tarde e, uma vez por semana, quando o horário coincidia, almoçavam juntas no Shopping. Ela achava que tinha muitas coisas a aprender com Flávia. Uns quatro ou cinco anos mais velha, considerava-a tão segura, tão confiante, que conseguia conduzir uma aula do começo ao fim, como se nunca parasse em meio àquilo se perguntando se as pessoas estão realmente aprendendo algo - o que sempre acontecia com Julia.

Apesar de ser jovem e inexperiente, Julia era vista como uma pessoa bem sucedida em seu ofício, já que estudava alemão desde a adolescência, sendo fluente no idioma e estava sempre bem disposta porque gostava do que fazia. Na verdade, seu sonho era colocar o idioma aprendido em prática de uma outra forma, viajando pela Europa, tinha isso como um sonho que prometeu para si mesma realizar algum dia.

Após o turno da tarde transcorrer sem problemas, Julia chegou em casa, tomou um banho, jantou, acessou a internet onde conversou com amigos, leu as notícias, mexeu no seu orkut. Tinha o hábito de ler e apagar os recados, como muitos fazem.

Já era um pouco tarde, perto de uma hora da madrugada o sono começava a envolver Julia. Ela resolveu dormir, mas antes reparou que, apesar de ter apagado seus recados, o marcador apontava "2 recados", clicou e ficou pasma com o que viu.


"O que é isso?". Clicou na foto dessa pessoa que enviou os recados, demorava para abrir, deu tela de erro "Você não pode fazer isso". Leu umas cinco vezes os recados, e o que seria aquele olho fechado da foto?

Subitamente acordou assustada, percebeu que tinha cochilado por poucos minutos. Resolveu olhar seus recados no orkut e viu que não tinha nenhum, sentiu certo alívio, mas foi dormir um tanto assustada, por sorte estava com bastante sono.


Quando seguiam pelo campo encontraram um caminho de terra com não mais que três metros de largura.



- Vamos seguir por este caminho, deve ser um tipo de estrada que leva ao castelo. - sugeriu Marcos. Ninguém se opôs, mas de certa forma, serviu para quebrar o gelo.

- Você parece sempre tão calmo e convicto! O que você faz da vida, Marcos? - perguntou Julia.

- Hahaha... é preciso sempre tomar uma decisão e fazer isso sem deixar dúvida. Sou advogado.

- Se você precisa convencer os outros sem deixar dúvida, talvez no fundo, seja indeciso. - interviu Nathália - E assim, talvez queira que os outros não o permitam voltar atrás.

- Pra mim a convicção não está naquilo que pensamos, mas na ação. Como você, que disse não querer ir conosco e nos seguiu logo depois. Que grande convicção, não? - respondeu Marcos, visivelmente incomodado.

- Dá pra parar com isso, vocês dois? - repreendeu Julia com o mesmo tom que usava em sala de aula. Talvez muito mais por hábito do que por incômodo. Mas prosseguiu - E você, Diego, fale algo de si.

- Aposto que é alguma coisa ligada à psicologia. Calado assim, deve estar nos observando... - interrompeu Nathália.

- Bom, estudo medicina veterinária.

- É Nathália, acho que você acertou, ele deve estar realmente te observando. - ironizou Marcos. Antes que ela pudesse replicar, Julia apontou adiante chamando a atenção de todos:

- Olhem! O que é aquilo? Parece algo grande com aqueles muros - Aproximavam-se de algo cercado por muros de madeira com portões que conduziam à tuneis de uns cinco metros de distância, vigiados por torres. Seguiram com bastante esperança de obter alguma informação.

Julia ficou bastante encantada com o que viram quando atravessaram o túnel. Parecia uma cidade medieval, casas pequenas organizadas em colunas formavam ruas por onde estavam montadas várias barracas com mercadores que vendiam desde estatuetas e colares até peixes, mel, armas como espadas ou lanças. Outros vendiam roupas de diversos tecidos, mas eram vestes medievalescas, largas e para serem amarradas por cordas ao invés de cintos. A garota então não conteve a ansiedade. Dirigiu-se para uma tenda e disse:

- Olá! Será que o senhor poderia nos dizer onde estamos?

Um homem de meia idade olhou para ela, abriu um sorriso e calmamente respondeu. No mesmo instante, Julia não pôde disfarçar que ficou visivelmente surpresa enquanto Marcos e Nathália se perguntavam o significado daquelas palavras.





Mensagem importante ao leitor


Peço a todos os que leram este capítulo, que enviem um comentário avisando que leram para que eu tenha uma idéia de quem ou quantos são os leitores. Não precisa escrever nada demais, basta enviar um comentário dizendo "eu li" ou coisa do tipo. Aliás, o próximo capítulo está previsto para sábado que vem. Pretendo manter uma periodicidade entre 6 e 7 dias entre cada um. 

12 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. muito legal o blog...adorei....beijokas.....

    dica:....colocar um layout mais animado...com mais cor...não sei alguma coisa do tipo....mais ta show o conteudo

    beijos

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  3. Olá ^^
    eu li mas não entendi mto bem, acho que pq estou na segunda historia, vou dar um tempinho mais tarde e vou lá ler
    bom, pra vc que gosta de historias conheço um blog mto legal... não é meu mas é parceiro... pra vcs compartilharem as historias
    ele é
    http://eternoimaginarium.blogspot.com/
    devia ir lá conhecer ^~
    belo blog bju

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  4. Eu vou ler, vou guardar aqui nos meus favoritos e depois ler tudo pra pegar do começo.

    Abraços.

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  5. ahn, obrigada pelo elogio ao meu blog. Confesso que parei na metade do seu texto porque não entendi muito bem. Devo começar do primeiro... hihi *.* Mas você escreve muito bem.

    Volte sempre ^^

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  6. Legal o texto e o blog, nem sakei muita coisa mais é legal.. shaosiahsoiahsioashioas

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  7. Não sei porque me lembrei do desenho Caverna do Dragão.
    Será que foi o Mestre dos Magos que apareceu? hahaha

    Quanto ao Layout que comentaram a cima, acho que as pessoas deveriam de preocupar mais com o conteúdo, se é que leram o texto mesmo.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Ta bem legal pooo. Ta legal esse suspense e essa mistura dos mundos medieval e atual :D

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  10. Ai...to curiosa desde o ano passado...manda ver Felipe!
    show!

    bj!

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  11. Quero saber o q rola na cidade medieval!!!
    História bacana, leitura gostosa...vlw Felipe!!

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  12. Obrigado pelos comentários. Espero que tenham gostado do terceiro capítulo também :)

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